O Marketing Digital

O desenvolvimento das novas tecnologias e da Internet deram origem a uma evolução mais rápida dos mercados. Os consumidores têm-se tornado cada vez mais exigentes, por sentirem que existe mais facilidade de comparação, de compra e de reclamação por intermédio destas ferramentas tecnológicas. Por esta razão, as empresas têm vindo a superar-se ao longo do tempo e a oferecerem produtos e serviços diferenciados ao cliente, de forma a adquirirem vantagens competitivas num mercado altamente competitivo.
Assim tal como as empresas, também o Marketing tem vido a seguir esta mudança a nível global. O marketing começou por ser “Marketing de Massas”, posteriormente Marketing Segmentado e por fim, “Marketing Relacional”. E, é neste contexto que surge o “Marketing Digital”.
Deste modo, para as empresas serem competitivas e crescerem, têm de estar onde o seu cliente está, ou seja, têm de estar presentes na Internet, e criar uma estratégia de marketing digital eficiente. Essa estratégia digital e os objetivos digitais têm de estar alinhados com os objetivos e as estratégias globais da empresa
As estratégias de marketing digital têm-se apresentado eficazes em vários negócios, tanto para aqueles que são totalmente online, como para os que utilizam as múltiplas plataformas de atendimento, conjuntamente com a presença física com a loja virtual.

O que é então Marketing Digital?
O marketing digital é um processo com o intuito de vender produtos e serviços para um público-alvo usuário de internet e de sistemas de informação online, junto com ferramentas e serviços on-line, de forma estratégica e coerente com o programa de marketing da empresa. Ou seja, o marketing digital é o conjunto de atividades que uma empresa executa online com o objetivo de atrair novos negócios, criar relacionamentos e desenvolver uma identidade de marca.
Este está a tornar-se cada vez mais importante para os negócios e para as empresas, não por uma questão de tecnologia, mas uma mudança no comportamento do consumidor, uma vez que, este está a utilizar cada vez mais a internet como meio de comunicação, informação, relacionamento e entretenimento.
Neste sentido, este possui várias vantagens em relação ao marketing tradicional, que podem contribuir para o sucesso de cada empresa, mas não o substitui, como por exemplo, o facto de ser mais fácil de mensurar, ter métricas mais claras, permitir um maior retorno e ser essencial para empresas de todos os tipos de mercados.
Além disso, existe outras vantagens que o próprio meio digital oferece, como, o alcance global, a interatividade, as métricas, o tempo real e a segmentação.
Posto isto, as vantagens do marketing digital podem-se resumir em sete tópicos, sendo estes: 1º custos – Menos dispendioso do que o marketing tradicional; 2º ajustável – Permite ajustar, otimizar, pausar uma campanha e reestruturar o orçamento; 3º mensurável – Possibilita e facilita medir tudo o que a empresa considera relevante, como o número de pessoas que visualizaram o anúncio, levar as pessoas para o site e medir o número de conversões de diferentes fontes de origem de tráfego; 4º tempo – Rapidez no lançamento de uma campanha e obtenção dos resultados quase de imediato; 5º atuar no momento – Permite aos clientes clicarem nos conteúdos e nas peças publicitárias para saber mais sobre o produto ou até mesmo comprá-lo online; 6º segmentação – Possibilita a definição exata do público-alvo; e 7º contato – Permite a comunicação entre as empresas, clientes e potenciais clientes, o desenvolvimento de relações com os vários interessados e serve de canal eficaz no apoio ao consumidor.
Atualmente, sabe-se que mais de 90% dos processos de compra tem início na procura online, isto porque o número de pessoas conectadas à Internet está a crescer rapidamente, há cada vez mais indivíduos conectados. Por esta razão, é que o marketing digital e o marketing de conteúdo vieram para ficar.

Depois de saber o que é o Marketing Digital…
O que será o Marketing de Conteúdo?
O Marketing de conteúdo é a forma como as empresas seduzem o seu público-alvo e levando ao crescimento da sua rede de clientes ou de potenciais clientes, através da criação de conteúdo relevante e valioso, de modo a atrair, envolver e gerar valor para as pessoas, conseguindo criar uma perceção positiva da marca e assim gerar mais vendas.

Elisabete Gonçalves
BPHL Assessoria Marketing Digital
2015/12/05, Artigo de Opinião publicado n' O Jornal do Neiva - Seja um leitor assíduo, acompanhe mensalmente!

O Sucesso no Comércio Eletrónico

               

O e-commerce ou comércio eletrónico é um modelo de negócio que comercializa bens e/ou serviços através de dispositivos eletrónicos. Os negócios desta natureza abrangem vários tipos, desde websites de retalho destinado a consumidores, a sites de leilões, passando por comércio de bens e serviços entre organizações.
Nos últimos anos, o comércio eletrónico tem vindo a expandir-se rapidamente, sendo atualmente considerado um dos mais importantes fenómenos da Internet em crescimento, uma vez que, este permite aos consumidores transacionarem bens e serviços eletronicamente a qualquer hora do dia e sem preocupações de distância.
Para uma empresa ser bem-sucedida no e-commerce, deve inicialmente seguir vários passos para obter visitas na sua loja virtual e posteriormente, resultar em vendas.
A criação e configuração da loja online é o primeiro passo para ter um negócio na internet, porém não é o suficiente, segue-se o momento em que inicia um trabalho contínuo, o comércio eletrónico, à semelhança do que se faz permanentemente numa loja física e que irá determinar o sucesso da empresa no seu negócio. 

Como se alcança o sucesso no e-commerce?
Para alcançar o sucesso no e-commerce as empresas devem considerar sete fatores essenciais: 1) Apresentação dos produtos/serviços; 2) Presença nas Redes Sociais; 3) Comunicação via E-mail; 4) Blog; 5) SEO; 6) Publicidade; 7) Análise e Monitorização. 
A apresentação dos produtos/serviços (1) no e-commerce é extremamente relevante, uma vez que, na loja online não é possível a experimentação dos produtos, nem o toque e o sentir os mesmos por parte dos clientes, como acontece nas lojas físicas. Por esta razão, a imagem/fotografia deve transmitir uma experiência muito próxima da realidade, ir ao encontro do conceito da marca e demonstrar a essência da marca e a visão da mesma. Para isso, estas devem ter uma boa qualidade, ser apelativas e demonstrar a essência do produto. Outra ferramenta essencial é o vídeo promocional alusivo ao produto, onde são demonstradas as suas caraterísticas e os seus benefícios.
As redes sociais (2) são excelentes para dar a conhecer o produto e ser “descoberto” pelos clientes, uma vez que, estas podem auxiliar a aumentar a comunidade online em volta do produto, aumentar o tráfego e estimular as vendas. Para isso, é necessário criar envolvimento partilhando conteúdo regularmente com os seguidores, encontrando um equilíbrio entre a conceção que atrai audiência e o encaminhamento das pessoas, que serão os potenciais clientes, para o Website da loja online.
“O mais importante é vender uma experiência e não apenas um produto…”.
O e-mail (3) permite construir uma relação com os clientes, através do envio de informação ou conteúdo, como a apresentação de novos produtos, de outras novidades, de descontos especiais, de cupões e de eventos. Porém, também pode ser usado para obter feedback ou depoimentos dos clientes. 
“A criação de conteúdo valioso cria confiança, constrói a marca e mantém os clientes informados…”.
O blog (4) é uma ótima forma de compartilhar o conceito, a visão da marca e a experiência que os produtos oferecem, com mais dinâmica e interação. Porém, este deve ser complementar à loja online e não uma cópia da mesma, ou seja, pode-se descrever resumidamente a história do negócio, as conquistas obtidas e os objetivos futuros. Além disso, pode-se ainda partilhar vídeos ou imagens, onde se demonstra o processo de fabricação dos produtos por exemplo. 
O SEO (Search Engine Optimization/Otimização para Motores de Busca - 5) permite melhorar o posicionamento e a maneira como o Website surge nos motores de busca, como é o caso da Google. Os motores de busca mostram apenas os resultados que são relevantes e úteis para a consulta e ordenam esses mesmos resultados por ordem de importância, pelo que as empresas devem trabalhar bem o seu SEO, de modo a aparecer em primeiro lugar nas pesquisas. Para isso, estas devem ter conteúdo pertinente e de qualidade, utilizar palavras-chave relevantes e possuir links externos que apontam para o seu Website. 
“Se compreender o que o público-alvo da sua empresa pesquisa ou procura na internet, mais facilmente consegue atingir e cativar esse utilizador…”
A publicidade (6) é a melhor e mais eficaz maneira de alcançar o tráfego para a loja online, especialmente quando esta está ainda a dar os primeiros passos. O seu objetivo primordial é transmitir a mensagem correta, às pessoas certas, no momento oportuno. Para isso, existe várias formas de o fazer, como por exemplo, através dos links patrocinados associados à pesquisa, dos programas de afiliados e das redes sociais. Após ter a campanha lançada online, as empresas devem monitoriza-las sempre e de forma constante, de modo a verificar se existe efetividade ou não na mesma. Como a publicidade online assume-se muito importante, é essencial para as empresas contratarem um profissional de marketing digital para ajudá-las a desenvolver estratégias de comunicação.
“O mais importante é gerar tráfego para a loja online e convertê-lo em vendas…”
A Análise e Monitorização (7) é essencial, pois permite analisar o tráfego que a loja online alcançou, ou seja permite, por exemplo, responder a: De onde vem o trafego responsável pela maior parte das vendas? Qual é a fonte de tráfego com o custo/benefício mais baixo?. Estas duas perguntas podem ser respondidas através da ferramenta “Google Analytics”. Através desta ferramenta pode-se obter resultados que permitem perceber e entender o comportamento dos visitantes quando estes se deparam com o website das empresas. Estes dados são extremadamente preciosos, pois é a partir deles que se pode otimizar as estratégias de marketing online e adequá-las ao perfil dos potenciais clientes. 
“Não vale a pena investir em publicidade online, se não analisar e monitorizar os resultados…”

À medida que são implementados os sete fatores acima referidos surge o feedback, que é muito importante, pois através dele as empresas têm a opinião dos clientes sobre os produtos/serviços que estão a vender. Primeiramente é essencial procurar saber o feedback dos amigos e família e depois saber a opinião dos influenciadores relacionados com o tipo de indústria em que a empresa atua e relacionado com os clientes que procura (Bloggers por exemplo), pois apesar do alcance do seu público variar, estes têm muitos seguidores. Outra boa opção é o contacto com os meios de comunicação, começando por publicações em jornais locais, apresentando uma história única e os produtos de forma interessante e atrativa.


Elisabete Gonçalves
BPHL Assessoria Consultoria | Loja Online
2015/11/05, Artigo de Opinião publicado n' O Jornal do Neiva - Seja um leitor assíduo, acompanhe mensalmente!


O Uso Excessivo da Internet

         
A tecnologia está irreversivelmente presente na vida cotidiana, seja para consultar informações, falar com amigos e familiares, ou apenas como forma de entretenimento. A internet, os telemóveis, os tablets e os computadores, não saem das mãos e das mentes das pessoas. Por esta razão, é que os especialistas alertam para facto do uso excessivo destas ferramentas poder viciar ou até ser considerado doença, como é caso de dois países do mundo - Coreia e China.
          Perante três estudos realizados, o “Net Children Go Mobile - Risks and opportunities” a nove países da Europa inclusive Portugal, o “Tic Kids Online 2012” ao Brasil e o “Net Children Go Mobile - Crianças e meios digitais móveis em Portugal” a Portugal, foi possível analisar cinco indicadores de adição de dependência da internet. Resultante da comparação destes mesmos estudos verificou-se que a situação de Portugal e do Brasil é muito semelhante 12,4% e 12,2% dos inquiridos possui pelo menos um dos indicadores, já os países europeus apresentam piores resultados com 15,4% a apresentarem pelo menos um indicador.
      Porém, o uso excessivo é muito mais do que a dependência da internet, pois deste podem resultar vários problemas ao nível da visão, da audição, muscular, da postura e do sono. Outro estudo realizado pelo ISPA (Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida) a cerca de 900 adolescentes e jovens portugueses dos 14 aos 25 anos, através de três fases de aplicação de questionários, concluiu que cerca de 70% dos jovens portugueses possuem sinais de dependência da internet, de entre os quais 13% são de nível considerado grave. Assim sendo, dos jovens que possuem sinais de dependência grave podem resultar em comportamentos violentos, afastamento e até mesmo levar à necessidade de tratamento. Este mesmo estudo revela ainda que os jovens dependentes são sobretudo do sexo masculino, não têm relacionamento amoroso e frequentam o ensino secundário.
       Além de todos os riscos que o uso excessivo da internet pode trazer, este pode vir a ser considerado uma perturbação mental.
       A Associação Americana de Psiquiatria que tem a seu cargo a edição do DSM (Manual de Diagnóstico das doenças mentais), que é considerado a “bíblia” para os profissionais da área, está a considerar a hipótese de vir a incluir a “perturbação da internet”, ou seja, o uso excessivo das novas tecnologias, na sua próxima revisão de obra. O que levará então a dependência da Internet integrar o catálogo das perturbações ao nível psiquiatro. A nível nacional, o Plano Nacional dos Comportamentos Aditivos e das Dependências 2013-2020, aceite pelo Conselho de Ministros, pressupõe o alargamento da área de interveniência do SICAD (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências) às dependências sem substância como o jogo ou a Internet.
        Atualmente, já existe em Portugal um hospital, situado em Lisboa, o Hospital de Santa Maria, que no seu serviço de psiquiatria possui um “Núcleo de utilização problemática da Internet” acerca de um ano, pois é considerando um problema muito alarmante. Este foi criado para responder aos variados pedidos de consulta para problemas de adolescentes e jovens que usam de forma exagerada as novas tecnologias, principalmente os jogos online e para dar apoia a diversas escolas da zona.
          Perguntámo-nos:
“Quem se encaixará neste tipo de problema?” – A resposta é simples, são todas as pessoas que não fazem mais nada do que estar na internet, estão viciadas, principalmente aquelas que passam a vida a jogar online. Até chegam ao ponto de não cumprirem os seus compromissos ou de faltar às aulas/trabalho. Estes comportamentos estão relacionados com a ansiedade e a depressão que estas pessoas sentem e arranjam a dependência como solução.
“Como resolver este tipo de problema?” – Bem, em Portugal ainda não há tratamentos para este tipo de dependência, uma vez que, esta dependência da Internet é apreciada como uma dependência comportamental, sem substância. Pelo que, apenas existem tratamentos para as dependências de/com substâncias, como é caso do álcool e das drogas.
     Por esta razão, o próximo passo da investigação do ISPA passará pelo desenvolvimento de formas de intervenção e terapêuticas para contrariar o vício online nos jovens em Portugal. 

                Há muita mais informação sobre este assunto, procure e tente-se informar - “Cuide de si e dos seus!”

Elisabete Gonçalves
BPHL Assessoria Consultoria | Formação
2015/10/05, Artigo de Opinião publicado n' O Jornal do Neiva - Seja um leitor assíduo, acompanhe mensalmente!

IMI Familiar



O Ministério das Finanças facilita uma redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) às famílias com filhos, aprovado no Orçamento de Estado (OE) de 2015 para vigorar a partir de 2016. Portanto, se no agregado familiar tem filhos dependentes e se o imóvel onde residem se destina a habitação própria e permanente, coincidente com o domicílio fiscal do proprietário, terá direito a um desconto sobre o IMI. 
Mas, a decisão final sobre este benefício cabe à autarquia local, em aderir ou não ao chamado IMI familiar, dependendo também da sua capacidade financeira. É uma decisão a ser aprovada em Assembleia Municipal e ainda poderá ser tomada por outros concelhos. Sendo aprovado é efetivamente concedido o desconto e a câmara municipal, terá de comunicar à Direção-Geral dos impostos as taxas de IMI aprovadas por cada município e os descontos, até à data limite 30 de novembro.
Por enquanto, poucas são as autarquias que anunciaram a adesão ao IMI Familiar, sendo Viana do Castelo uma delas. 
A redução no valor do IMI, varia consoante o número de filhos, que podem atingir os 10% para agregados com um filho, até 15% para dois filhos e até 20% para três ou mais filhos.
Os procedimentos são agora mais simples, não sendo mais necessário fazer um pedido específico para usufruir de uma redução desta taxa, que, até à data, obrigava a formalizar o pedido junto das autarquias apresentando um conjunto de documentos, como a titularidade do imóvel e a comprovação do agregado familiar. A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) passa a promover de forma automática e com base nos elementos de que dispõe, a execução da deliberação da Assembleia Municipal comunicada no prazo legal, tendo em conta o número de dependentes que integram o agregado familiar na declaração modelo 3 de IRS, cuja obrigação de entrega ocorre no ano a que respeita o IMI. Na prática, o IMI a pagar em 2016, que é referente a 2015, será calculado com base no agregado familiar que consta da declaração de IRS.
De forma a facilitar os cálculos, a AT vai comunicar a todos os municípios, até 15 de setembro, o número de famílias com 1, 2 e 3 ou mais filhos com domicílio fiscal no respetivo concelho, informação a ser renovada todos os anos.
É de realçar que a importância desta medida, que privilegia a natalidade e é um fator potenciador para atrair e fixar famílias a residirem nos municípios que aprovem esta discriminação positiva.

Elisabete Gonçalves
BPHL Assessoria Consultoria | Formação
2015/09/05, Artigo de Opinião publicado n' O Jornal do Neiva - Seja um leitor assíduo, acompanhe mensalmente!

Senhorios obrigados a passar recibos eletrónicos


Os senhorios já podem utilizar o Portal das Finanças para emissão de recibos mensais de renda aos seus inquilinos bem como a comunicação dos respetivos contratos de arrendamento (celebração, alteração e cessação).

Estava previsto que esta alteração fosse obrigatória a partir de 1 de maio, mas por despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, foi adiada para 1 de novembro a aplicação de coimas em caso de não cumprimento desta regra.